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MARGINAL EX-SKINHEAD MATOU A TIA E USOU FACÃO PARA CORTAR O CORPO EM SÃO PAULO (ATENÇÃO, IMAGENS FORTES)

Praticante de jiu-jítsu, o ex-skinhead Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, matou a tia, a professora Kely Cristina de Oliveira, de 44, com um golpe de arte marcial chamado ‘mata-leão’ – o braço em torno do pescoço imobiliza e sufoca a vítima. O crime teria ocorrido após uma discussão.




Guilherme usou um facão para esquartejar o corpo da tia em ao menos oito partes. Ele colocou a cabeça, as pernas, as coxas e o tronco em uma mala e em sacos plásticos para guardá-los no freezer de uma geladeira do apartamento onde moravam, na Zona Norte de São Paulo. Os braços teriam sido jogados numa área de mata em Itapevi, Grande São Paulo. O corpo da vítima ainda não foi sepultado.

As descrições acima foram feitas nesta sexta-feira (7) ao G1 por policiais civis que investigam o desempregado, preso dois dias antes pela Polícia Militar (PM) por suspeita de ocultação de cadáver e desobediência.

Pai desconfiou 
O assassinato teria ocorrido entre junho e julho, mas o crime só foi descoberto porque o pai de Guilherme, o aposentado Marco Antonio Oliveira, pediu para policiais militares abordarem o filho na noite de quarta-feira (5). Ele desconfiava que o rapaz pudesse estar envolvido no desaparecimento da tia.

Guilherme ainda tentou fugir da PM com seu carro, mas bateu o veículo num poste e foi detido.

De acordo com o delegado Milton Gomes de Oliveira, do 39º Distrito Policial (DP), Vila Gustavo, Guilherme confessou o assassinato da tia numa conversa informal com policiais militares e civis. Como o rapaz foi preso em flagrante, a prisão foi convertida em preventiva pela Justiça para que ele fique retido até um eventual julgamento, disse o delegado.

“Nesta sexta-feira ele deverá ser interrogado”, afirmou Milton Gomes, que pretende indiciar o rapaz por homicídio doloso qualificado por motivo fútil. "Toda a descrição do crime que ele relatou informalmente à polícia precisa estar no papel agora para que ele possa ser indiciado e responsabilizado pelo que fez".

A equipe de reportagem não conseguiu entrar em contato com Guilherme, que estava detido na carceragem do 8º DP, Brás. Não há confirmação se ele constituiu advogado para defendê-lo. Até a publicação desta reportagem, o suspeito não havia sido interrogado.

"Na conversa que tivemos com ele, o rapaz falou que não é mais skinhead, que teve uma discussão boba com a tia. Como ela seria bipolar e teria ataques nervosos, ele resolveu segurá-la para ela parar de bater nele, mas não tinha intenção de matá-la", disse o delegado.

"Guilherme contou que tudo não passou de um acidente. Ele, que mede 1,90 m, falou que, como é praticante de jiu-jítsu, deu um 'mata-leão' nela, que é aquela gravata no pescoço. Falou que usou força desproporcional e ela perdeu os sentidos. Depois percebeu que a mulher havia morrido", afirmou Milton Gomes.

Em seguida, o delegado contou que Guilherme disse aos policiais que se desesperou e ficou arrependido do que havia feito a tia. "Passou a tomar bebidas alcoólicas e no dia seguinte decidiu esquartejá-la".

Partes do corpo na mala
O G1 teve acesso a fotos feitas pela investigação dentro do apartamento onde sobrinho e tia moravam, divulgadas nesta reportagem. O imóvel fica na Rua Acapuzinho, na Vila Medeiros. Para fazer o corpo caber na geladeira, Guilherme retirou as prateleiras. O tronco da tia foi colocado dentro de uma mala.

A perícia do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica realizou exames nas partes do corpo de Kelly para determinar a causa da sua morte. Está sendo apurado se a tia foi asfixiada ou teve o pescoço quebrado.

Mala apreendida pela polícia: tronco de Kely Oliveira foi deixado dentro e colocado em geladeira (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Mala apreendida pela polícia onde o tronco de Kely foi guardado na geladeira (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Equipes do 39º DP foram a Itapevi, onde Guilherme informou ter jogado os braços da tia, mas não encontraram nada e decidiram retomar as buscas nesta sexta-feira. Até esta tarde, o corpo dela ainda não havia sido liberado para ser sepultado.

Procurado pela equipe de reportagem para comentar o assunto, o pai do ex-skinhead disse que não tinha condições de falar. "Não vou me pronunciar agora", afirmou Marco, que deverá prestar depoimento na polícia na próxima semana.

Morte de punk em 2011
Essa não é a primeira vez que Guilherme é envolvido num crime. No ano passado, ele havia sido condenado pela Justiça a 15 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um punk, morto a facadas em 2011, também em São Paulo. O desempregado foi acusado de esfaquear e matar Johni Raoni Falcão Galanciak, de 25 anos.

O crime ocorreu no dia 3 de setembro de 2011, durante briga de gangues na Rua Cardeal Arcoverde, em frente ao Carioca Club, em Pinheiros, na Zona Oeste.

Guilherme foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel). Como respondia ao processo em liberdade, ele não foi para a prisão enquanto recorria da sentença.

Ainda naquela ocasião, outro skinhead, Fábio dos Santos Medeiros, então com 21 anos, ficou ferido no confronto. A confusão entre os grupos rivais de punks e skinheads ocorreu em frente ao Carioca Club pouco antes da apresentação da banda de punk rock inglês Cock Sparrer.

Câmeras de segurança gravaram o conflito e ajudaram na identificação dos envolvidos na confusão.

A advogada Marlene Maria Marra, que defendeu Guilherme no julgamento do punk, e não atua mais em sua defesa, foi procurada pelo G1 e afirmou que o pai do ex-skinhead "está muito abalado".






Fonte - Policia Municipal


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